terça-feira, 30 de dezembro de 2008

SÃO SILVESTRE ME AGUARDE.....





TÔ indo!!!





AGORA É SOCAR A BOTA E CURTIR!


MAS DESTA VEZ NÃO VOU SÓ, VAMOS EU, FARACO, OSNI, XANDE E HÉLIO!







NA VOLTA CONTO COMO FOI...


FUIIIII!!!!




ABRAÇOS




MARCOS ALEXANDRE

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

MARATONA


MARCOS E FARACO EM SEU PRIMEIRO ENCONTRO LADO A LADO EM PROVA , QUEM GANHOU ???

São momentos como estes que fazem minutos, horas, dias, semanas, meses e anos DE TREINO se tornarem uma mescla de alegria, raiva, dor, força, garra, medo e lembranças que se transformam no resumo de uma lágrima(CONQUISTA) .

Sentir a conquista de uma maratona, de um Everest, de um IronMan, tendo um dia tido a simples dificuldade de executar um tiro de 1 km no início dos treinos, mostra que somos máquinas perfeitas. Chegamos onde queremos! Basta querer!!! O único combustível que torna isto possível é a cabeça.

Um passo atrás do outro durante 42 km. Será que alguém sabe o que é isto? Mais de 43.000 passos devem ser lembrados como? Mais de 50.000 mil respirações... Devem ter quantos cheiros? E no final quando perdemos alguns mls de lágrimas... Elas devem ter que sentimento?

Só vivendo, sentindo e cheirando para saber (fica aqui meu convite: seja curioso! Corra!).

Como qualificar estas pessoas que fazem alguma coisa considerada por muitos uma loucura? Eu diria: São loucos - rsrsrs.!!!! Pois até mesmo Albert Einstein já foi chamado de louco. Então também quero ser um!!!!!!

Olha só os caras exercitando sua loucura...

TREINO DUNAS JOAQUINA, BASE 2008 - CUMPRIR UMA MARATONA NÃO É FÁCIL

Estou escrevendo para estes loucos, malucos e insanos que lêem o blog, vivem as corridas e gostam deste mundo.

E estes alunos que aqui encontraram uma forma de popularizar suas vivências e extravasar o que sentem , o que vivem... Estes amigos e alunos que me dão tantas alegrias .

No inicio do ano, Faraco me olhou e falou que queria fazer sua primeira maratona em 2008, mas atravessávamos um momento de lesão e mantínhamos seu condicionamento. Isso tudo sem corrida, sem correr! Então era loucura falar de maratona sem poder correr, né? Rsrsrsrsrs (eram dois loucos, no seu primeiro momento).

Bem, os meses foram passando e os treinos foram acontecendo. A corrida foi inserida e estávamos treinando. Dias depois o Alexandre confirmou que também faria - contaminação, isto pega!!!! rsrs

Hoje após duas semanas da maratona do Faraco e Alexandre, em Curitiba, e alguns meses da primeira maratona do Marcos, em Abril –Fpolis 2008, e Daniel, no ano passado, venho homenagear estes malucos de carteirinha, estes insanos que no meio de uma vida corrida, frenética, encontraram tempo para alimentar seu estilo de vida. Quem são eles?

Marcos um excepcional advogado, que chega as 7:30 no trabalho corre ao meio dia e no final do dia vai para sua aula de musculação.

Faraco, grande jornalista, comentarista esportivo que dá aula na faculdade e em meio a tudo isto cumpre os treinos e ainda arruma um tempinho para fazer seu gelo terapêutico.


Alexandre, médico conceituado que vive trabalho, come trabalho... Eu ainda acho que seus treinos são feitos nos corredores da clínica e os intervalados são entre um paciente e outro – loucura!!!

Daniel, que deve ser homenageado pois tem uma profissão de salvar vidas, pertence ao corpo de bombeiros, e treina para cada vez mais ter saúde e ficar bem.


Victor, grande advogado pensador, respeitado em seu meio, que está cheio de trabalho, mas quer sempre ajudar. O cara, com sangue nos olhos, sempre fala: me dá maxxxxxx!

Renato Semensati, companheiro do Faraco na TVCOM, jornalista, que neste ultimo final de semana subiu o Morro da Lagoa correndo como seu primeiro desafio pessoal. Quem conhece, sabe o que isto significa para ele.

Estes são os alunos do mesmo meio de treinos, então que os outros não fiquem chateados rsrsrs.

Bem, quero homenagear falando para vocês que a grande conquista só acontece por terem tido vontade e perseverança.

Parabéns pelas conquistas de 2008! Pelas vitórias, pelos treinos cumpridos, pelas dunas subidas, pelo asfalto gasto, dores sentidas, treinos quebrados, tempos batidos e morros escalados.

Sou hoje um treinador realizado. Realizado porque sei que estas pessoas que estão aí se superando são fruto de sua determinação, vontade, pessoas fortes, humildes (pois nem sempre se ganha), líderes e hoje vivem melhor.

Obrigado por permitir que eu faça parte deste momento .

Lembrem sempre de uma coisa em suas vidas: nunca é dado um peso maior do que se pode carregar. Só se tem que acreditar que o seu está leve demais.
Você decide o quanto quer fazer força para carregar o seu. Sua mente decide, seu corpo obedece.

OBRIGADO E PARABENS A TODOS PELAS CONQUISTAS

Treinador
Paulo Domingos (Paulinho)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Curitiba, jamais te esquecerei...


Eram mais ou menos 12h08min deste último Domingo, dia 23 Novembro. Virei a curva saindo da rua Presidente Carlos Cavalcanti e entrei na Avenida Cândido de Abreu. A minha frente e abaixo estava uma placa que marcava 41 KM. Coloquei as mãos na cabeça e comecei a chorar. Olhei para o horizonte e avistei a linha de chegada. Eu estava exatos 1 km 195 metros distante de finalizar minha primeira Maratona. Pensei “Não acredito! Eu consegui! Vou terminar essa loucura!!!”

Meus passos, que já não estavam mais tão firmes, se tornaram ansiosos e mais rápidos. Com todo o cuidado que podia ter, eu segui naquele último trecho. O último quilômetro. Tantas coisas passam pela cabeça durante a Maratona inteira, mas naquele quilômetro final as coisas se confundem. É um misto de ansiedade, de dor, de emoção, de lembranças, de realização...

Pensei em muitas coisas. E chorava. Primeiro, de forma contida. Depois eu desabei mesmo. Pensei na minha lesão que me acompanhava e era meu grande medo nessa primeira Maratona ( tive uma fratura por estresse na canela esquerda em Novembro do ano passado. Algo que voltou a me incomodar na preparação para a Maratona). Pensava no último grande treino que eu não fiz, porque falhei em Salvador, na Bahia. Era um treino de 32 kms em que eu quebrei e abandonei no 17º km. Isso foi no final de Outubro. Pensava nas minhas pessoas queridas da vida. Meus irmãos, minha mãe, meu pai, minha família. Pensava nos amigos especiais que foram suporte pra tudo isso. Pensava em meu treinador, que me fez chegar até ali.

Aquele último quilômetro é algo indescritível. O povo de Curitiba fazia um corredor humano de calor. Palavras de incentivo, que foram a tônica durante toda a prova, se multiplicaram ali, naquele corredor. Ia chegando, passo a passo. Cruzei a marca de 42 kms, já entre as arquibancadas construídas ali no funil de chegada. Faltavam 195 metros. Ouvi uma voz distante – “Faraaacooo!!! Era meu parceirão de corridas, daqui do blog, o Marcos Alexandre, com a máquina na mão pra registrar o momento e vibrar comigo.

Lembro de ter acelerado um pouco mais e ter sentido um espasmo, um princípio de câimbra na panturrilha direita. Segurei, porque era tudo que eu não precisava naquela hora. Cruzei a linha de chegada chorando e vibrando, como se estivesse comemorando um gol. Estava sentada a minha frente outra colega, a Adri que disse – “Faraco, tu é o meu herói”. As palavras ficam marcadas. O momento fica marcado. Cada instante fica forte na memória. Caí no choro de verdade e abracei a Adri. Depois veio o Marcos pra me cumprimentar também. Foi sensacional.

A Maratona começou às 8 da manhã. A largada reservava ainda muitos momentos escondidos pelos distantes próximos 42 quilômetros, das próximas 4 horas. Saímos juntos, eu e meu colega de treinos e Maratona, Alexandre. Juntou-se a nós um colega de Florianópolis que eu não sei o nome, mas que foi um parceirão também. Os primeiros quilômetros foram na prevenção. Eu e o Xande éramos maratonistas de primeira viagem, então estávamos nos poupando e com medo de não conseguir finalizar a prova. Corremos pra 6 minutos o quilômetro em média.

Eu tinha uma preocupação especial. Minha canela! Estava com um tênis bem em dia, que era novo, mas que não era apropriado para longas distâncias. Então o início seria fundamental pra sentir como estava a canela e ter confiança. Eu senti me incomodar um pouco, mas já sabia como era administrável a sensação. Não era dor. Era apenas a minha lesão antiga dizendo – PRESENTE! – como se respondesse a uma chamada de colégio. Ela tinha que estar lá mesmo. Mas fui em frente e aos pouco aquilo, o desconforto, foi desaparecendo.

Até o 21º quilômetro segui com o Xande e com o parceiro conhecido/desconhecido de Floripa. Ele era muito engraçado. Xingava cada um dos motoristas que ousava buzinar pra reclamar do trânsito parado na cidade. E discutia e tudo. Só não parava de correr. O Xande parecia minha consciência me dizendo pra ter calma. “Calma Faraco, ainda não é hora de arriscar”. Ele não dizia, mas cada vez que olhava o Xande ali ao lado eu lembrava disso e pensava na frase comigo mesmo. Foi muito importante pra me dar segurança.

Quando passamos na marca do 17º quilômetro eu pensei: “foi pro espaço aquele maldito treino de Salvador!!!”. Pronto! Um dos traumas estava superado. Mas então, quilômetro 21. Neste ponto veio a confiança. Eu estava inteiraço e correndo bem. Tive a certeza de que terminaria a prova. Não sei o porquê, mas foi o ponto da confiança. Então eu desgarrei. Desgarrei do Xande e do parceiro de Floripa. Abri na frente puxando um ritmo mais forte. Estava pra 5 – 5:15 cada quilômetro. Quanta confiança! Era eu comigo mesmo e rumo ao final. Restam só 21, só 20, só 19... Pensava assim!

Mas isso durou até o quilômetro 29. Foi quando quebrei de verdade. Travei geral. Sabe quando se fica travado de musculatura? Mas não era só musculatura não! Eram as articulações também. Agora eu sentia doer cada parte do meu corpo da cintura pra baixo. Principalmente os Joelhos batidos e batidos por 29 quilômetros. Foi difícil, porque sabia que ia acontecer a quebra, mas esperava que não acontecesse. Pelo menos assim, faltando ainda 13 kms.

A partir daí o que conta é o mental. Me recusei a uma coisa – era regra – não podia andar! Tinha que fazer correndo a Maratona inteira! E assim eu fiz. Nem pensei em andar. Minha cabeça dizia: “Eu quero! Eu posso! Eu vou!”. Isso era sempre. A cada instante uma vitória nova. O sol era forte nesse momento. Já era quase 11 horas da manhã e os quilômetros finais reservavam muitas subidas.

Neste ponto da Maratona cada placa de KM novo é esperada com muito mais intensidade. Cada placa de novo KM é uma vitória. Passei a placa 30, vou atrás da 31. Passei a 31, vou atrás da 32. Passei a 32, vou atrás da 33... E assim vai passando. Lembro que na placa 34 tinha uma senhora bem feliz e ela gritava “Vamô gente, vocês são heróis! Parabéns, parabéns! Falta pouco!”. Cada grito desse de incentivo dava uma força enorme.

A prova foi passando e cheguei ao km 38. Não acreditava no que via pela frente. Era a pior subida da Maratona inteira. Estava dividida em DUAS partes no Viaduto do Capanema. Passei por um senhor e comentei – “que covardia que eles reservaram pra gente nesse ponto da corrida, hein!”. Ele respondeu: “Agora é na moral!”. E fomos. Subindo e seguindo um ao outro.

Cheguei ao alto e ouvi uma voz conhecida. Era o Marcos me esperando pra registrar essa foto que vocês podem ver aqui. Lembro que ele me disse: “Vamô cara! Faltam só 3kms e meio para realizar o sonho”. Eu retruquei: “estou morto!”. Mas era passo a passo. Sem parar e sem sequer pensar em parar até o fim - que vocês já conhecem.

Realizar a minha primeira Maratona foi algo extraordinário. Fiz a prova em 4horas 16 minutos e 06 segundos. Ficou um pouco acima do que eu havia estabelecido pra mim, mas a vitória foi terminar. Terminar uma prova como essa é algo que te dá muita força pra vida. Uma satisfação enorme. Uma sensação de conquista e de poder. A superação é tamanha – você esteve sempre acima dos limites do seu corpo. Lembro de ter pensado no tamanho da estupidez daquele desafio lá pelo quilômetro 33. Mas são pensamentos ruins e bons, que vem e vão a todo o momento durante as horas de corrida.

Eu tenho muito a agradecer. Agradeço especialmente aos parceiros Marcos e Alexandre, que foram irmãos de verdade na conquista. PARABÉNS XANDE!!! Obrigado MARCOS!!! Tenho saudações especiais também para o super Paulinho, meu treinador, que faz coisas inacreditáveis se tornarem acreditáveis. PAULO, tu é o cara! Mas a conquista é dedicada a minha família, mãe, irmãos e pai ( todos me ligaram – são uns amores). Ainda há espaço pra palavras de carinho pra grandes pessoas, como o Osni, o Daniel, a Aline, o Victor, a Adri... Todos parceiros corredores, que estiveram comigo nos momentos de treinamentos e com os quais dividi angústias, duvidas e certezas. UM BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOS.

Podem ter certeza. Hoje sou um homem mais feliz e mais realizado – completei minha primeira Maratona. O curioso dessa história: na minha cidade natal, minha (?) Curitiba, que nunca vivi, mas que jamais esqueci, que jamais esquecerei.

Abraços
Faraco

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

What the hell is this?



Mountain Do! Isso é Mountain Do!

Trecho SETE, outra vez...

A vida recomeça no trecho SETE!

Sai da Praia Mole, atravessa um trecho de menos UM quilômetro pela areia fofa da praia mais mole da Iha de Santa Catarina. Depois você tem que entrar numa trilha, uma subida que vai levar em direção ao alto de um morro, um morrinho que existe , já quase colado na rodovia Manoel de Menezes, perto do bar Ponto de Vista. Dali segue em diante na trilha e vai em direção a outra praia - a Praia da Galheta. É um sobe e desce danado em meio a uma trilha que tem mato fechado, areia de praia, rio e muitas poças acumuladas pela chuva que não parava. Depois de quase DOIS quilômetros disso, você chega ao paraíso.

Não é o paraíso porque tem os peladões e principalmente as peladonas da Praia da Galheta ( nem vi ninguém). É o paraíso porque é o terreno mais plano e firme que você vai correr em meio ao inferno que é aquele trecho SETE.

Depois começa a meleca toda. Sobe, sobe, sobe e sobe mais porraaaaaaaa!!!!!!!!!!! Desculpem o palavrão mais é necessário. Se eu fosse falar aqui todos os palavrões que disse naquela subida, eu iria preencher bom pedaço do texto. Bom, quem não conhece o morro que separa as praias da Galheta e Barra da Lagoa, não queira conhecer. É o irmão mais novo do Everest (é assim que se escreve?)!!! É um bicho feio aquele morro. Sobe em tudo que é tipo de terreno. Areia mais fofa de praia, areia menos fofa de praia, riacho provocado pela chuva, pedra, lodo, mato... Tem de tudo e sobe pra carica!!! Não chega nunca! É uma grande montanha e um grande desafio.

No meio do caminho, passa um cara por mim. Ele grita - "porra, é o Everest!!!". Eu começo a rir e digo - Calma, tá chegando ao topo (mentira! Era só pra não apavorar o cara.). Ele pergunta - tu já conhece isso? Eu respondo - Sim, fiz esse trecho ano passado. Ele emenda - tu é louco então! Por que voltou aqui? Foi a senha preu descontrair de vez... Comecei a rir e perguntar pra mim mesmo - "o que eu estou fazendo aqui do novo?"

Pensei: "calma, seu bosta (eu)! Já vai começar a descer!" Mas na verdade era só um consolo. Despoir de subir aquele treco, a maior parte do trecho andando porque minha perna não é tola, eu visualizei a descida. Que melecão!!! Era uma trilha fechada pela frente com terreno que era só barro. Escorrega e escorrega, mas não cai tansão!!!

A descida foi o número de equilíbrio do "Cirque du Soleil". Força no abdômen e nas pernas e se vira nas trilhas. Que grandissíssima merda aquele trecho. Não parava em pé, mas não caía também. Era só escorregão. Passei por uns corredores de cotovelo rasgado. Dava pena de ver! Era impossível parar em pé...

Saindo dessa "côsa" horrorosa, ixxxtepoww, cheguei à Barra da Lagoa. Ói, ói, ói... Que exxxpetáculo!!! Terra firme. Foram mais uns 700 metros até entregar o bastão ao nosso próximo e último corredor, meu parceirão de Blog, Marcos "Romário". Como foi bom vê-lo ali me esperando.


O Mountain Do desse ano foi especial pra mim. Me reencontrei com as corridas. Estava me sentindo fora de foco depois que comecei a treinar bike. Agora estou de volta às corridas e de corpo e alma. As corridas são o meu - são o que me faz bem. Eu corro e me encontro. Eu corro e vivo. Me senti forte e energizado por este Mountain Do.

Gostaria de mandar um abraço forte para pessoas especiais - Marcos, em primeiríssimo lugar, como sempre (valeu parceirão!!!). Sem deixar de lado pessoas que fazem parte dessa louca vida - Paulinho, meu mestre, meu treinador. Osni, grande sonhador que faz os nossos sonhos se realizarem. A todo pessoal da equipe e do suporte - Caio queniano, Rivaldo estreante, Ana longelínea, Daniel locomotiv de volta e o Xande, que sempre cuida dos detalhes preciosos. Sem esquecer do Victor, o VH super alto astral.

Valeu galera, mais uma vez vocês foram imbatíveis. Valeu time FCMáx!

abraços
Faraco

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

MOUNTAINDO 2008!


Estou aproveitando para escrever hoje, para aproveitar que as lembranças ainda estão fresquinhas na memória!

Sábado (18/10/2008) amanheceu (mais uma vez) chovendo na ilha da magia, e ao contrário de 99% dos habitantes ilhéus (que deviam estar dormindo) 6 hs da madruga lá estávamos nós (aninha, beto, osni, rivaldo, xande, daniel, caio victor, faraco e eu) a FCmáx “remode” pronta para mais um desafio – MOUNTAINDO 2008 –
www.mountaindo.com.br

Quando chegamos no local da largada a chuva havia dado uma trégua e por instantes cheguei a pensar que teríamos uma ajudinha de São Pedro (ledo engano!), 8:30 partiu o primeiro da equipe (OSNI) que triturou o primeiro trecho (8,2 km) em 39 minutos.

Depois, a chuva voltou para ficar e se seguiram os demais componentes da equipe, Caio pra variar pulverizou tempos, Rivaldo fez sua estréia com brilhantismo, Aninha não deixou a peteca cair, Daniel (mesmo com dores lombares) confirmou o seu desempenho e sua fama de “Locomotive”, Xande se supera a cada prova (parabéns!), Faraco pode ser considerado um herói, fez o trecho de maior elevação e com o terreno lameado e escorregadio conseguiu sobreviver sem nenhum arranhão; e EU fechei fazendo o trecho final que já começava com um “mergulho” no banhado e terminou com um quase afogamento no final!

Não sei o tempo que fizemos, mas isso é o que menos importa, o que importa é termos completado a prova, e todos felizes, encharcados e com o astral lá em cima!!!

Foi uma prova da Superação, cada passada era um teste ao equilíbrio, cada subida era um desafio quase intransponível e cada descida uma queda quase iminente!

Valeu companheiros! Obrigado por mais essa oportunidade de estar lá e de poder fazer daquele dia nebuloso e sombrio um dia memorável e radiante!


Abraços

Marcos Alexandre



quarta-feira, 15 de outubro de 2008

BICÃO!!!!


Blognautas, conforme havia prometido vou contar aqui uma das peripécias ocorridas na terra do “ TIO SAM”!

Toda a viagem foi uma verdadeira maratona, o que na maioria das vezes me impedia de correr, mas mesmo assim eu tinha 03 (TRES) treinos a cumprir na minha planilha.

Cheguei em NY na sexta (03/10) a noite e no dia seguinte atravessamos os EUA de costa a costa, saindo das margens do Oceano Atlântico para o Oceano Pacifico (NY-San Francisco), fuso horário de 03 horas apenas nesta “perna” da viagem, ainda assim na manha seguinte de Domingo (05/10) coloquei meu calção (emprestado...hehehe) e fui para a Rua onde ficam os famosos Pier’s de San Francisco.

Comecei a trotar pela rua principal, que para minha surpresa estava sem movimento algum de carros, pois todas as entradas pra esta rua estavam bloqueadas, logo pensei comigo mesmo:

ISSO QUE É PAÍS DESENVOLVIDO! BLOQUEAM A BEIRAMAR DELES NO DOMINGO PRA ESTIMULAR A PRÁTICA DE ESPORTES!!!

...e assim continuei meu trote, sentindo aquele clima diferente e acompanhado por vários outros corredores e ciclistas que aproveitavam aquela imensa “ciclovia” para se exercitar.

De repente escuto uma americano gritando para outro de um caminhonete :

- “30 seconds to start!!!!”

E mais a frente para outro:

- “20 seconds to start!!!!”

Ainda assim, confuso continuei meu trote pelo meio da rua!

Em seguida visualizei um Policial numa daquelas super-motos dos americanos vindo em minha direção e acionando a sirene e naquele jeito peculiarmente grosseiro me mandou sair da rua meneando a cabeça, como que sinalizando que eu era um idiota por estar correndo ali.....

Ainda ressabiado e cabisbaixo com a atitude do guardinha segui minhas passadas, agora pela calçada.

Então....um susto...ergui a cabeça e vi ao longe uma multidão vindo em minha direção, aos poucos fui visualizando que eram pessoas com camisetas e com números atachados nelas, a frente um pelotão menor e mais veloz que passou por mim voando e em seguida um turbilhão de corredores, uns empurrando carrinhos de bebê, outros apenas caminhando, cadeirantes, cliclistas....etc...

Era uma PROVA!!!!

Esperei passar a “manada” me desviando como pude e fiz meia volta e acompanhei a turma, encostei-me numa dupla animada e perguntei o que era aquilo, e uma delas me disse:

“It’s the Bridge to Bridge Run!!!” - http://www.bridgetobridge.com/

Era uma corrida que ia de uma Ponte até a outra, da “Bay Bridge” para a “Golden Gate Bridge”, era um percurso de 10 km e contava com 3000 participantes, mas segundo a minha informante “importada” era uma prova ainda não muito popular em San Francisco (imagina se fosse....).

E eu segui no meio daquela gente toda, me sentindo como um participante, BICÃO na verdade, até água no posto de hidratação eu tomei...hehehe!

Pude perceber que aquela cidade e aquele povo local respirava esporte, era contagiante, pais, filhos, famílias inteiras, vovós e vôvos também!

Foi recompensador ter ido correr naquela linda e gelada manha de outono em San Francisco, e da próxima vez que viajar para fora, aqui vai uma dica: consultem o calendário da cidade, quem sabe não tem uma prova como essa pra correr por lá!!!

Nada mal para a primeira corridinha, não?

Depois conto mais....


Abraços

Marcos Alexandre

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Na terra do "TIO SAM"




Prezados amigos leitores,

Escrevo essa notinha aqui para dizer que estarei fora por algumas semanas!

Mas isso não me impedirá de continuar correndo....rs.

Apenas estarei correndo em outras praças e realizando um dos meus sonhos que é correr no Central Park em Nova York, abusado!!!!

Na minha volta conto alguns detalhes das andanças na Terra do “Tio Sam”

Abraços

Marcos Alexandre

OBS. Acima fotos de onde vou estar ...correndo!!!!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

PRIMAVERA E PROVA!!!



Após longa “invernada” longe do Blog aproveitei a chegada da Primavera no último dia 21/09 para contar um pouquinho do que eu considerei como uma das melhores provas de corrida realizadas em Florianópolis nos últimos tempos (não tô ganhando JABA par isso não!!!)

No último domingo, aconteceu o RUNSERIES FLORIANÓPOLIS -
http://www.tfrunseries.com.br/fln, apesar da noite e madrugada chuvosa que afugentou alguns corredores da prova, foi expressiva a presença de atletas em frente ao Shopping Iguatemi, o que demonstrou que essa veio para ficar.

Pude notar muitas “carinhas” novas na turma de abnegados, e isso é resultado da crescente demanda pelo esporte e da ótima divulgação e estrutura colocada a disposição dos competidores.

Isso prova que com profissionalismo e investimento o “vício correr” é uma tendência no mercado e dentre as modalidades físicas.

Pra nossa sorte a chuva parou exatamente alguns minutos antes da largada e pudemos fazer um alongamento capitaneado pelo animador da “festa” e devidamente alongados e aquecidos partimos todos para os 5 km (para alguns) e 10 Km (para outros).

Ao longo dos 5 km do “circuito” haviam 3 postos de hidratação e na chegada água bem geladinha, isotônicos e frutas!

Eu particularmente gostei tanto da Prova quanto do meu desempenho nela, fiz uma prova sem “pressão” por resultados e curti cada Km com aquela galera animada, no final fechei em 44 min os 10 km percorridos, mas diferentemente de outras provas de 10 Km , nessa cheguei “bem” e fiquei “bem” depois, ou seja, não importa o tempo que fiz e sim a qualidade com que cheguei!!!

Torço muito para que hajam outras provas como essa aqui em FLORIPA e que mais e mais pessoas se juntem a nós nesse saudável vício.

AH!!! Teve um detalhe que me cativou mais ainda, depois de terminada a corrida, peguei meu celular e lá tinha uma mensagem me parabenizando pela participação e informando meu tempo líquido na prova.

Pequenos detalhes de um grande evento!

PARABÉNS ORGANIZADORES!


Abraços

Marcos Alexandre.

PS. Nas fotos acima o “alongamento” meu e do co-blogueiro (faraco); e Xande, Osni e Eu após a chegada (reparem os nossos números...rs)

domingo, 7 de setembro de 2008

A EQUIPE DE UM SÓ!!!

Hoje acordei com um lindo dia de sol e pouco vento lá fora, ótimo para a prática de esportes ao ar livre, um verdadeiro contraste com o dia de ontem que amanheceu carrancudo com muita chuva e vento sul e temperatura proibitiva para sequer pensar em correr ou pedalar.

Digo isso porque apesar de toda a conjuntura de ontem me empurrar para dentro de casa, minha planilha marcava 70 km de Bike, e eu sabia que seria um treino longo que de uma forma ou de outra interferiria negativamente no convívio familiar e social se realizado em outro horário ou data.

Ok! Decidido....EU VOU!

E assim fui, coloquei a “magrela” no carro e parti em direção a Jurêrê, no caminho pra lá a chuva apertou e parecia que a natureza queria testar ainda mais a minha tenacidade em insistir em treinar sob aquelas condições.

Ao me aproximar da entrada para as praias de Jurêrê e Daniela comecei a procurar pelos triatletas que costumam treinar em bandos por ali, e para minha surpresa e decepção não avistei uma “alma viva” treinando!

Foi como se tivesse recebido mais um sinal de que não seria uma tão boa idéia assim treinar naquele dia.

Mas, contra tudo e contra todos eu fui, parei o carro, coloquei a hidratação na bike, a alimentação na parte trás da camisa, algumas notas de um real e meu celular para uma emergência na bolsinha da bike, respirei fundo e parti.

Durante os primeiros 20 minutos eu queria saber quem teve essa idéia masoquista de treinar naquela chuva e vento frio e então comecei a trabalhar em “equipe”, era EU, minha MENTE, minhas PERNAS e meu CORAÇÃO.

Quando a gente está treinando e visualiza outros treinando no mesmo local, de uma maneira ou de outra se sente como se fizesse parte de uma mesma equipe, mas seria mais apropriado chamar de “tribo”, mas ontem...ontem a tribo não tava lá, ontem era só EU, a BIKE, o VENTO, a CHUVA, o ASFALTO, os MINUTOS, os BPM’s e os KM’s.

Mentalmente dividi o treino em frações de 7 km e dessa forma fui trabalhando com a minha “equipe”, a cada 7 km que eu completava me comunicava com as minhas pernas e dizia: já se foram 10 % do treino, fiquem firmes, esqueçam esse frio e essa água que cai do céu e sobe do asfalto, e assim fomos nós...

Aos poucos fui sentindo a água que subia da roda traseira encharcar minhas costas e as gotas descerem por dentro da minha “bermuda”, meus tênis idem já eram uma água só, não mal enxergava o que marcava o odometro de tanta água acumulada.

Seguiram o KM 14, 21, 28, 35 (uma paradinha pra se alimentar) e continuávamos só nós, EU e minha EQUIPE, lutando, persistindo e congelando...rs.

Finalmente quando vimos estávamos nos últimos kms e aí parecia que toda a equipe tava sentindo muito o percurso, as mãos dormentes, os pés completamente endurecidos de frio, as pernas cansadas e lameadas e por fim quando faltavam 300 metros sentimos que o pneu traseiro da bike tava sinais de que estava esvaziando....mas para nós era uma questão de honra! Tínhamos que terminar aqueles 70 km pedalando!!!

E Conseguimos!!! Foram 70 km em 2 horas e 40 minutos, sozinhos EU e minha EQUIPE!!!

Parabéns EQUIPE!!! O sentimento era de vitória, de superação e a de certeza que nada é intransponível quando se trabalha em EQUIPE!

QUE VENHAM OS PRÓXIMOS DESAFIOS!

Abraços

MARCOS ALEXANDRE

terça-feira, 2 de setembro de 2008

QUE DOR É ESSA?

É com muita satisfação que fiquei sabendo que inspirados pelos textos do blog algumas pessoas estão se motivando e começando também a praticar o vício correr.

E é para essas pessoas que eu escrevo hoje!

Quando se inicia a prática de um novo esporte é natural que o corpo tenha suas reações, tais como dores musculares, fadiga e outros. Mas, tem uma dor em especial que geralmente aparece mas que pode ser prevenida e combatida é a “famosa” CANELITE!!! (inflamação dos tendões e músculos da tíbia)

Que dor é essa? É uma dor que surge nas canelas e que se não tratada e prevenida pode se tornar uma fratura ou lesão mais grave....que o diga meu co-blogueiro Faraco!

Ela pode ter a sua origem devido a vários fatores, entre os quais destaco:

a) Tênis inadequado para o seu tipo de pisada ou sem sistema de amortecimento;
b) Treinar somente em solo muito “duro”; e
c) Postura inclinada demais na corrida .

Então para preveni-la recomendo aos leitores que comprem um tênis adequado ao seu tipo de pisada, use o tênis novo caminhando primeiro para amaciá-lo, intercalar treinos no asfalto, esteira, grama e areia e não corram muito inclinados para frente.

Para combatê-la existe um santo remédio que é muito barato: GELO, isso mesmo!

GELO nas canelas todos os dias 15 minutos em cada lado e pronto, quem já ta com a “marvada” desaparece e quem não tá dificilmente a terá!!!

Eu particularmente aplico gelo todos os dias nas minhas canelas, mesmo nos dias em que não há treino, e posso afirmar FUNCIONA!

Quanto ao tipo de pisada, colaciono abaixo texto extraído do site WEBRUN que esclarece todas as dúvidas:

Também é muito importante comprar um tênis adequado para o seu tipo de pisada. Ao todo existem três tipos de pisadas:
Pisada normal: onde se inicia o contato com o solo do lado externo docalcanhar e então ocorre uma rotação moderada para dentro, terminando apassada no centro da planta do pé.
Pronação: onde a pisada também se inicia do lado externo do calcanhar, ou algumas vezes um pouco mais para a parte interna, para então ocorrer uma rotação acentuada do pé para dentro, terminando a passada perto do dedão.
Supinação: onde a pisada inicia no calcanhar do lado externo e se mantêm o contato do pé com o solo do lado externo, terminando a pisada na base do dedinho.
A melhor forma de se avaliar a pisada é com uma avaliação biomecânica em laboratório Mas como isso gasta tempo e dinheiro eu fiz a avaliação mais simples possível verifiquei a sola de um tênis velho.Ao olhar o desgaste, na parte da planta do pé, pude descobrir o meu tipo de pisada.
Eu tenho uma pisada normal, ou neutra como também é conhecida, porque a sola do meu tênis apresentava desgaste no centro da planta do pé.Mas se este desgaste ocorrer do lado interno na planta do pé a pessoa tem tendência a pronação; se este desgaste ocorrer do lado de fora na planta do pé a pessoa apresenta tendência a supinação.”

De posse dessas informações valiosas procure as melhores lojas do ramos, escolhe o tipo de tênis adequado ao seu pé (eles sabem, ou deveriam saber...rs) e SEBO ou seria GELO NAS CANELAS!!!!

Abraços

Marcos Alexandre

domingo, 24 de agosto de 2008

QUEBRA!!! DE PARADIGMA!

Há exatos 30 dias comecei a ser apresentado ao novo mundo do “ciclismo” e aos treinos “dobrados”, como todo calouro fui sofrendo as conseqüências dos impactos da mudança de movimentos e na mudança de hábitos.

Aos poucos fui me familiarizando com a “tribo” dos bikers, meus amigos RPM e BPM continuam me guiando e mostrando que não será tarefa fácil atingir os 180 kms necessários para se completar um IROMAN.

Porém a cada semana, aos poucos (nem tão aos poucos quanto eu gostaria....rs) meu MESTRE estabelece novos limites de volume de bike.

Semana passada foram os 50 KMs na quinta, e no sábado um treino dobrado que triturou meus músculos, fizemos 42 kms e “descansamos” 5 minutos partindo para uma “corridinha” básica de 13 kms , foram TRÊS HORAS de treino que mexeram com toda a minha estrutura física.

Mas ontem, ontem foi o dia em que amanheci ansioso e preocupado com o novo DESAFIO que parecia pular para fora da minha planilha de treinos como um “mostrinho” prestes a me devorar.

Eram 65 (SESSENTA E CINCO) Kms de bike (uma viagem Floripa-Camboriú), se esse volume de treino por si só já não bastasse ainda tinha o fato de ir treinar com outros “bikers”muito mais bem condicionados do que eu.

Depois de autocraticamente EU definir o ritmo do treino, partimos de Jurere, passando pela SC 401 em direção a Vargem Grande e de lá para Ponta das Canas, onde para minha grata surpresa pude desfrutar de um asfalto lisinho, lisinho como as “pernas do Faraco” (hahahaha.....) , as obras ali realizadas tornaram esse trajeto um local ideal para treinar com uma SPEED, enfim fizemos o mesmo trajeto na volta sem passar pela Vargem Grande e indo até praia da Daniela para enfim completar os 65 kms..UFA...quebrei o novo PARADIGMA, em 2 horas e 29 minutos e numa boa média de 26 km/h!

Para minha surpresa e naquele ritmo pude perceber que o limite estava somente na minha cabeça e que com certeza novas e maiores distâncias ainda serão vencidas!

Abraços e

Ainda no aguardo de novos e corajosos adeptos.

Marcos Alexandre

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

POR ONDE ANDO?



Não amigos! Eu não desisti e não corri da raia, mesmo com todas as quebradeiras já aqui relatadas eu continuo firme e forte no meu “vício correr” e nas minhas novas metas e desafios.

Andei apenas meio sumido do Blog por causa da nova carga de Bike a que fui submetido nas últimas semanas!

Para se ter uma idéia em apenas uma semana rodei 195 km, eu sei que é pouco para um Ironman, mas é muito para alguém que há apenas 1 mês atrás nem bicicleta tinha!!!

Rodei mais de Bike do que de carro ...hahahaha

Resultado disso foi o aparecimento de novas dores musculares em locais nunca ante “explorados” e um cansaço inexplicável que me deixou sem vontade até de escrever aqui no blog.

To aproveitando essa semana “fraca” (ontem rodei 50 km) para escrever aqui e dividir com vocês as sensações desse novo mundo de treinos “dobrados”.

Dobrados, porque agora treino em DOIS períodos, às vezes corro primeiro e mais tarde pedalo, ás vezes pedalo e em seguida corro, às vezes só pedalo e às vezes só corro, mas tudo com muita intensidade e tempo.

Ah! E nessa semana fui apresentado a uma tal de RPM, não ...não é a banda de rock é a famosa Rotação Por Minuto, que tenho que fazer em uma determinada faixa para evoluir no pedal!

E nesses treinos novos parceiros vão surgindo , já pedalei 30 km com o Osni, já fiz treino de transição com o Faraco , já acompanhei o Xande de bike e depois fazendo tiros (foto acima) e muitas outras parcerias ainda surgirão...QUEM SE HABILITA?

Meu sócio e amigo Victor to te aguardando, se recupera logo!!!

Abraços e aguardo adesões

Marcos Alexandre


quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Aprendendo a pedalar

Depois de comprar a Bike, o negócio é ir pra rua mesmo.

Foram SETE meses de treinos na academia, aprendendo a girar os pedais e treinando as pernas para a adaptação a nova realidade, ao novo exercício. Já disse antes, comecei essa história por acaso - por causa da minha impossibilidade de correr por estar lesionado.

Com a nova curtição e muita dedicação na academia, rodando sempre forte e rápido, me preparei o suficiente pra começar a rodar de verdade - na estrada e com bike que se mexe, que sai do lugar.

Foram TRÊS treinos na rua nestes últimos dias. No último sábado rodamos, eu e o Marcos, 35 kms entre Jurerê Internacional, Daniela, Sc 401 até Santo Antônio de Lisboa e Jurerê Tradicional. Rodamos leve. Meus batimentos estavam bem baixos, em torno de 124 batimentos por minuto. Sofri foi na segunda parte do treino. A transição pra corrida logo depois da bike é difícil, é dura. De pernas travadas, completamente travadas, partimos pra 30 minutinhos de trote em Jurerê Internacional.

Na terça voltei pra rua com a minha bike. Eu e o Marcos de novo. Ele tinha treino diferente do meu, então não conseguimos pedalar juntos. Meu treino era de 20 kms com batimentos altos - entre 155 e 165 BPM. Rodei pesado. Usei a relação mais alta, mais pesada. Rodei rápido também. Fiz média de pouco mais de 30 kms/h. Em 40 minutos terminei o treino de bike. Pernas e lombar eram só dor. É o corpo se acostumando com a nova realidade. Depois disso fiz um treino de corrida mais uma vez. UMA hora trotando leve(tava pra 5min50segundos por KM) em grama, no canteiro central da beira-mar.

Na quarta tinha treino em DOIS turnos de novo. Primeira parte corrida. 20 minutos pra batimento 140-150 batimentos por minuto. Fiz 4 kms em 20 minutos e extrapolei batimentos - ficaram entre 150 e 160 bpm. Isso foi feito ao meio-dia.

A noite fui pra segunda parte. E que segunda parte!!! Eram intermináveis DUAS horas rodando de bike com batimento entre 145-155. Fiz o treino, mas não consegui manter o batimento nessa faixa. A média ficou em 132 batimentos por minuto. Foram DUAS horas APRENDENDO A PEDALAR de verdade. Fiz 50 kms nestas DUAS horas.

Agora sim começo a entender as marchas. Agora sim sei que a dor na lombar vem e depois vai embora. Agora sim sei que as pernas estão fortes pra pedalar bastante, mas sentem ainda o peso do volume rodando. Foi bom fazer. Estou me adaptando aos exercícios em DOIS turnos e me adaptando também à bike.

Mais uma grande satisfação...

Aliás, quando será que vamos começar a nadar? hahahahha

Abraços
Faraco

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Saindo do papel


Bom gente, eu olho e não acredito muito ainda...

Como disse o Marcos, estamos entrando numa fase de NOVOS ARES, com NOVOS AROS.

Falei aqui pra vocês antes que um dia eu iria fazer um Ironman. Este é um projeto e esta é uma vontade pessoal. Tudo começou com a corrida. Atualmente eu treino pra fazer minha primeira maratona, que deve ser em Curitiba, no mês de Novembro.

Mas agora tenho em casa essa belezinha que vocês estão vendo na foto acima. O que é isso? Uma Bike! Uma bike de corridas...utilizada por atletas de competição, por tri-atletas.

Esse é o "projeto Ironman" saindo do papel. É o projeto virando realidade. Já estou treinando bike em academia desde de Janeiro. Começei por acaso, por causa da minha lesão na tíbia, que me impedia de correr. Mas tomei gosto, assim como já tinha tomado gosto pelas provas de Ironman nas coberturas jornalísticas que fiz anteriormente.

Agora tudo se junta e vamos juntos...eu e o meu parceiro de corridas(a pé ou de bike), o meu co-blogueiro Marcos. E vocês vão juntos também...aqui no blog.

Abraços
Faraco

domingo, 27 de julho de 2008

NOVOS ARES OU SERIA NOVOS AROS???



Inicialmente esse espaço parecia que seria destinado apenas a reflexões sobre provas e treinos que envolvessem corrida a pé... e seria mesmo, mas o destino quis que algo me fizesse mudar um pouco o foco do blog e do treino.

No mês de Maio deste ano fui acompanhar a prova de IROMAN aqui em Floripa e prestigiar meu amigo Caio em sua árdua tarefa em se tornar um “homem de aço”, porém voltei de lá com aquela imagem vencedora de quem completa a prova e resolvi que iria começar a me preparar para uma “loucura”dessas.

Há umas 3 semanas adquiri uma bicicleta “speed” e pedi ao meu treinador que fosse incluindo aos poucos em meus treinos diários o treino de Bike.

De uma hora para a outra me vi escolhendo acessórios totalmente desconhecidos até então: espátula, manguitos, bomba, clip, sapatilhas, capacetes, luvas, câmara....enfim um novo mundo se descortinava a minha frente.

Munido dos equipamentos básicos comecei a treinar, no ínicio apenas rodando de leve e descobrindo as manhas da Bike, e sentido as dores do Banco!!!

Ops...Selim!

E ontem... Ah ontem foi especial!

Eram 9:30 hs da madruga (sim é cedo, como diz o Faraco!!!) a planilha anotava 25 Km de Bicicleta, um dia espetacular, sol , céu azul , temperatura baixa, e Jurerê apinhada de triatletas treinando, lá fui eu, um novato na arte de “Correr de Bike”, parti devagar e aos poucos fui gostando daquele vento que batia no meu rosto, aos poucos ia pedalando mais a vontade e com mais força, subidas e descidas e parecia que as pernas faziam automaticamente os movimentos que me impulsionavam.

54 minutos depois estava terminado o treino.

Mas a planilha ainda anotava mais 5 km de trote com apenas 5 min de intervalo, lá fomos eu e as minhas pernas travadíssimas...hahahaha

O primeiro km foi travado, mas o segundo já tava solto e sentindo muito bem e tava correndo para 5:15 min/km, e isso era só um trote, mas cada KM ia sendo mais solto e mais veloz e com os BPM baixos, finalizei os 5 Km em 25 min e fiz o ultimo Km em 4:22 min/km!!!

Essa sensação boa de terminar o “trote” voando me deixou um dúvida no ar, será que treinar Bicicleta ajuda a aperfeiçoar a corrida a pé???

Pelo que senti sim!!!

Acho que os “Novos Aros” estão me levando a “Novos Ares”!

Abraços

Marcos Alexandre


Mais um longão

Desta vez as sensações foram diferentes, assim como o treino.

Foram 25 kms neste sábado, com direito a calo na sola do pé direito, um calo cultivado desde os 20 kms da semana passada. Desculpem, mas não tenho a intenção de ser clean aqui...a descrição é pra que vocês sintam o mesmo desconforto que eu senti....hahaha, que malvado eu!!!

Mas o desconforto foi só inicial. Depois o pé se torna uma coisa só e a dor se torna normal e algo pra se administrar sempre. Aliás, quem corre longões vive administrando dores localizadas que vão aparecendo e sumindo a cada novo quilômetro. Elas vão e vem, umas depois das outras.

Só que não estou aqui pra falar de dores, não. Estou aqui pra falar de vitória, de conquista. Desde minha contusão no ano passado, em Novembro, quando fiz um longão de 26 kms, não corria uma distância tão grande direto. Foi bom! É sinal de vitória, de cura. Afinal, minha lesão foi causada por aquele treino.

A lesão? Bom, isso vale outro post, mas rapidamente foi um princípio de fratura na tíbia esquerda. Era uma canelite mal administrada, que virou um princípio de fratura por estresse. Foram DOIS meses de fisioterapia e QUATRO ao todo de recuperação. Hoje convivo com o gelo e com os preventivos, pra que não volte mais.

Voltando ao treino, fiz a mesma coisa que na semana passada. Saí do trapiche da beira-mar e fui em direção ao Centrosul, que é o ponto ZERO. Do Centrosul voltei direto até a entrada do Córrego Grande, que é o ponto 9mil800metros. Depois fiz a volta e retornei para o Centrosul. Chegando lá fiz a volta e corri em direção ao trapiche, pra fechar os 25 kms.

Vamos as sensações. Saí forte, num ritmo bom e sem exageros. Estava correndo a uns 5min20 segundos por quilômetro. Assim fui sempre até o DÉCIMO km. Depois apertei um pouco ritmo, pra ficar perto dos 5minutos cravados por km. Cheguei a estar correndo uns 4min50segundos - 5minutos por quilômetro, entre pequenas oscilações.

Fui bem firme e forte até o 20º km. Igual semana passada, mas sem acelerar entre o 16º e 0 20º km. Foi então que senti o peso do treino. Desta vez senti pesar. Mas acho que faltou um carboidrato no 15º quilômetro. Tinha tomado um no 9º e achei que daria legal até o fim...me enganei. Deveria ter tomado outro entre o 15º e o 20º km. Bom pra aprender. Água e isotônico usei direto e aos poucos.

Depois do 20º km, sentindo pesar as pernas eu administrei os 5 kms finais. Como? Mudei a passada. Abri um pouco mais a passada, pra trabalhar com outro grupo muscular e ao mesmo tempo manter ritmo de 5 por km. Consegui legal isso. Por que fazer isso? Já aprendi nesse tempo de corrida que podemos mudar um pouco o grupo muscular que estamos usando variando passada e velocidade...como estava sentindo pesar os músculos usados em 20 kms de corrida, troquei algumas coisas e consegui administrar bem o cansaço. Do 20º ao 25º km eu controlei sempre o tempo pra não perder o ritmo de 5minutos por km. Ainda cheguei a correr abaixo disso no quilômetro final. Acho que 4min50segundos por km.

Os batimentos foram bem também. Muito controlados. Começou em 148 por minuto. Entre 5º e 15º km subiu pra faixa de 153-155. Depois perto de 158-159. Finalizou em 160-162. Esse treino era pra fazer com batimentos entre 150 - 160 por minuto. Então minha média, que ficou em 154, foi boa.

Bom gente, depois desse super relato, só quero dizer que fiz o treino de 25 kms em 2horas e 10 minutos, numa média geral de 5 minutos e 12 segundos por km. O que me traz satisfação enorme. Estive melhor que semana passada, apesar de mais cansado durante e depois, mas não vou querer estar inteiro/inteiraço sempre né. É só o começo dos treinos pra minha primeira Maratona, que deve ser em Novembro, em Curitiba.

Abraços
Faraco

quarta-feira, 23 de julho de 2008

3min38segundos - a nova referência

Lembram do monstrinho da semana passada? Pois eu encarei o irmão dele hoje. E desta vez o monstrinho ficou bem menos feio.

Primeira lição do dia: Não é possível fazer tiros de 1 km sem saber como fazer esses tiros de 1 km.

Pois bem, vamos lá!

Hoje de manhã, acordei cedo, às 9 horas(é cedo, pow!), coloquei meu tênis, meu calção e fui para a beira-mar, ao encontro do meu treinador e mestre das corridas, o guru Paulinho.

O desafio era cumprir um treino que previa 4 tiros de 1 km. A velocidade e o tempo seriam estabelecidos por ele, pelo treinador. Ele iria me ensinar a fazer os tais tiros na velocidade que ele já sabe que posso fazer.

Segunda lição do dia: tiro de 1 km não é tiro de 400, nem de 200 metros....tiro de 1 km é tiro de 1 km.

O que se quer dizer com isso? É a mesma analogia feita quando se compara corredor de velocidade, de prova de 100 metros rasos, com um fundista, que corre as provas longas, de 5 kms pra cima.

Então precisaria colocar na cabeça que o ritmo não era aquele de tiros de 400 metros. É que esse ano, até esta fase de treinos, só fiz treinos de tiros com 400 metros. Pois agora teria que me adaptar à nova realidade. E não estava conseguindo fazer isso. Errei na semana passada. Mas hoje acho que finalmente aprendi.

A execução começou com Paulinho me fazendo entender que deveria dividir em etapas os tiros de 1 km. Os primeiros 400 metros, na boa, a segunda parte de 400 metros, me readaptando pra correr forte e correndo mais forte, e os últimos 200 metros acelerando e já preparando, bem no final, para o próximo tiro.

O primeiro tiro foi o do acerto, o do ajuste. Larguei forte demais e Paulinho fez a correção imediata. Me segurou no ritmo certo pra não quebrar e ainda fazer bom tempo. Fui tranquilo entre os 200 e os 600, depois do ajuste no ritmo. Entre os 600 e os 1000 fiz um reajuste no ritmo, uma readaptação pra acelerar, e fechei o tiro tranquilo e num tempo ótimo. Foi feito em 3min55segundos.

O segundo tiro foi igual. Estava aprendendo então a fazer a coisa. A grande diferença foi a saída, que já não foi forte como no primeiro tiro. Estava realmente aprendendo a fazer os tiros. Era uma aula com o professor ao lado, de bicicleta, me orientando e me ensinando. Fechei o segundo tiro em 3min54segundos.

Chegava a hora do terceiro tiro. Agora iria acelerar de verdade. Novamente os primeiros 400 metros foram fundamentais. Vou chamar esse período, esse trecho de 400 metros, de "entrando no tiro". É isso mesmo! Você pode entrar bem ou entrar mal no tiro. A aula de hoje me fez resolver que iria passar a entrar bem sempre. Entrar bem é começar de leve, mas sem ser relaxado. Firme, mas sem me matar a ponto de quebrar. A execução foi ótima. Acelerei bastante dos 400 aos 800 metros. Nos 200 metros finais acelerei mais ainda. Terminei com tempo de 3min47segundos, mas cheguei um pouco ruim nesse final. Quase vomitei em plena beira-mar. Bom que a recuperação foi rápida e em poucos segundos estava pronto para o último tiro.

O último tiro. Esse foi sensacional. Foi espetacular!!! Mestre Paulo me fez correr muito. A estratégia foi enganar o corpo...na verdade, a estratégia foi enganar a mente, a cabeça. Como? Primeiros 200 metros - adaptação ao ritmo. De 200 a 400, acertar o movimento dos braços...pensar em acertar o movimento dos braços. De 400 a 600, analisar a respiração. De 600 a 1000, acelerar mais e depois um pouco mais ainda. O que fiz? Exatamente isso. Acontece que concentrando nesses aspectos até os 600 metros não percebi o tiro passar e quando me dei conta que tinha que acelerar só faltavam 400 metros pra correr.

Foi aí a grande virada. Paulinho foi na minha frente pra cortar o vento que era contra. De bicicleta me guiava e me dava o ritmo. Dava tempo para pensar em todas as coisas que deveria...braços e respiração e ritmo. Dos 600 aos 800 metros eu acelerei. Mas dos 800 aos 1000 eu cheguei a uma aceleração espetacular...estava muito rápido mesmo. Estava correndo como velocista de 100, 200 metros...era muito rápido. Bom, finalizei voando de verdade. Acabei e nem quis saber o tempo, que Paulinho estava controlando. Ele me perguntou o que eu achava que tinha acabado de fazer...e eu disse que não tinha noção de tempo, mas sabia que tinha feito um tirambaço.

3min38segundos. Meu melhor tempo até hoje para tiro de 1 km. E foi no último tiro! E cheguei bem!!! Cheguei muito bem!! Finalizei inteiro e ainda perguntei: tem mais um?

Terceira lição do dia: Posso fazer os tiros que achava que ainda não estava pronto pra fazer. E uma frase que o nosso treinador sempre diz - quando se acha que o limite chegou ainda há 30% a mais pra dar.

Obrigado Paulinho! Foi um grande dia de grandes aprendizados! Cada treino eu vou aprendendo a correr, mais e mais.

Abraços
Faraco

sábado, 19 de julho de 2008

Tava precisando...

Essa vida de jornalista pseudo-corredor tem suas frustrações, como a relatada no meu post anterior, mas tem suas satisfações também...é óbvio! Aliás, tem bem mais satisfações, por isso que eu corro, corro e corro.

Este Sábado foi "o dia"!!!

Treininho básico...hehehe...20 kms pra batimento 150-160 por minuto em ritmo constante.

Amanheceu com sol, céu claro, temperatura de 20ºC. Um dia perfeito pra ir pra rua e correr, simplesmente correr, sem contar distância, nem batimento, nem velocidade, nada...só correr por prazer mesmo.

Mas fui aliar esse prazer ao meu treininho de 20 kms, que pra mim não é um monstrinho, como o treino de 5 tiros de 1 km da quarta-feira.

("Tô com uma preguiça agora, mas tô afim de escrever sobre o treino")

Cheguei no trapiche da beira-mar às 9h05 minutos. Tinha combinado com meu parceiro de todas, meu caro amigo Marcos Alexandre, de largar de lá às 9horas. Chamei uma outra parceira de algumas, minha querida amiga Adri, mas ela desmarcou...ô furona!!! Mas corre muito também essa Adri, em velocidade e distância. Quem já estava por lá quando cheguei era o meu outro parceirão de quase todas, Osni Frech Júnior - esse é incansável.

Bom, saimos eu e o Marcos a correr em direção ao Centrosul. O treino dele tinha Bike e corrida. Ele já tinha feito uns 10 kms de Bike e iria então fazer mais 5 kms de corrida comigo, enquanto eu faria os meus 20 kms.

Seguimos então! Trapiche - Centrosul, 2,6kms. Centrosul - Trapiche, mais 2,6 kms e o treino de corrida do Marcos estava então finalizado. O bom de estar sempre correndo e ter preparo pra isso é que uma corridinha de 5 kms vira um trote de aquecimento....parece que nem conta, parece que nem entra na conta.

Mas eu fui em frente. Ainda teria mais 15 kms pra completar meu treino. Segui em direção ao CIC pela pista beira-mar. Meu planejamento era ir até a entrada do Córrego Grande, o que me daria 12 kms completados e voltar até o Trapiche pra fechar os 20 kms. Foi o que fiz. Mantive uma regularidade de passadas e ritmo portanto. Estava correndo em média a 5min30segundos por km, o que me dava uma velocidade tranquila de 11 km/hora. Segurei bem esta velocidade. Fazia tempo que não fazia um "longão", então eu não sabia como estaria para a volta e os últimos 7-8 kms.

Mas quando cheguei no Córrego Grande e fiz a volta senti que estava bem. Dei uma apertada de ritmo. Passo a passo agora eu já estava começando a contar os kms de verdade. Cheguei a 13 kms, faltam SETE portanto. Cheguei a 14 kms, faltam só SEIS. Quando cheguei a marca do 16ºkm foi a senha pra acelerar. Um motivo principal te faz fazer isso - terminar logo!!!

Os últimos QUATRO kms eu esqueci completamente os batimentos e a velocidade constante. Fui acelerando...Do 16º ao 18º km fiz em média de 4min50segundos por km. Do 18º ao 20º corri mais rápido ainda. Fechei correndo pra um tempo de 4min30segundos por Km. Isso dá uns 13,5 kms/hora de velocidade.

Fiz os 20 kms em tempo total de 1hora46minutos -uma média de 5min15segundos por km. Velocidade média de quase 12km/hora. Média boa na minha avaliação pessoal. Gostei muito do tempo!!! Adorei o treino!!!

Tenho que agradecer , claro, o suporte do meu parceiro Marcos, que me foi levar água do 10º km ao 15º km. Agradecer o Osni também, que tava lá me esperando no Trapiche na volta pra fazer aquele suporte especial com hidratação. E dizer pra Adri que ela perdeu....hahahahaha...furona!!!

Até a próxima pessoal...

Abraços
Faraco

sexta-feira, 18 de julho de 2008

UNIDOS NO LIMITE!!!



Eu ia apenas postar um comentário no post do meu co-blogueiro e amigo Faraco, mas como o que senti não pode ser resumido em poucas palavras resolvi fazer um post que tem a pretensão de complementar o dele.

Meu “monstrinho” que recebi do treinador PAULO DOMINGOS FILHO a princípio não era tão assustador, mas como já havia sido derrotado por outro na semana anterior, algo me dizia que esse monstrinho também poderia me derrubar.

Juro que tentei abstrair tudo de negativo que pudesse influenciar no meu desafio, fui para a batalha armado pra vencer...

A temperatura beirava 30 C em pleno inverno, a umidade do ar era de 40% e sol a pino.

Não sei se isso era negativo, mas quando comecei o aquecimento já senti as pernas mais pesadas do que de costume, finalizado o aquecimento parti para os 5 tiros de 1 km para 3:45 a 3:55 o km, o primeiro tiro fiz a 3:47 com o BPM já na casa dos 190, o segundo foi um pouco acima 3:52 com BPM acima de 190, no intervalo do 2º para o 3º tiro senti a minha língua grudar no céu da boca e o ar faltando, mas fui pro 3º e os reflexos começaram a surgir e fechei em 3:58 com BPM em 195, sem ar, sem pernas e sentado!!!

Quarto Tiro?

Não houve!

Assim como Faraco eu tive a humildade em reconhecer que fui derrotado pelo “monstrinho”.

Mas então lembrei que o treino ainda tinha mais 4 x 400 m para 1:30 min!!!

E como um guerreiro ferido tentei, e até triunfei nos 3 primeiros , mas não houve quarto, simplesmente não dava...ficou para a próxima!

Sinto que perdi uma batalha, mas não perdi a guerra!

Ainda não é hora, vou voltar lá e vencer!!!!

Palavra de Honra!

Abraços

Marcos Alexandre

Nem tudo dá certo

Essa semana foi a semana pra ser vencido.

Ser vencido pelo limite, pelo meu limite. Entender que ele existe, o meu limite, e simplesmente reconhecer a derrota, mesmo que seja momentânea.

Tem uma frase que diz que às vezes é preciso dar um passo pra trás pra depois dar outros mais pra frente. É mais ou menos por aí.

O que aconteceu? Vamos lá! Vou explicar...

Nada demais. Meu treinador, Paulo Domingos Filho, programou pra mim um treino de tiros, os intervalados, para quarta-feira. Era um monstrinho. Quando vi a planilha já sabia que era...um monstrinho. Mas esse ano eu não havia deixado de encarar nenhum monstrinho. Eram CINCO tiros de 1 KM para um tempo que variava entre 3min38segundos e 3min50segundos. Nunca havia feito isso.

Mas mesmo assim fui me preparando psicologicamente. De segunda até quarta pensei muito neste treino e até sonhei com a execução dele. Sabia que iria ser muito complicado. Mas pensei em fazer na boa, sem estresse. Fazer para o tempo mais alto. Todos os tiros para 3min50segundos.

Quarta-feira! Chegou o dia de encarar o monstrengo! Fui pra beira-mar, minha pista de sempre, meu trecho de sempre...para os tiros de 1 KM. Aqueci e então não havia mais nada a fazer a não ser começar. Larguei então para o primeiro tiro.

Primeira passagem, nos primeiros 200 metros - 41 segundos. Opaaa! Era pra passar 46 segundos, baixa aí meu filho! Segunda passagem, nos 400 metros - 1min26. Ai ai ai...era pra ser 1min32segundos....bom, larguei o relógio. Chega! Fui no ritmo! Senti que nas passagens de 600 e 800 metros meu corpo estava ficando pesado pelo esforço...nos 800 metros olhei pro relógio - estava 3minutos04segundos. Era extamente o que eu tinha que fazer ali. Mas pensei...perdi tempo e rendimento, preciso acelerar de novo. Aquilo me matou! Me esforcei pra fechar no tempo...fui, fui, fui, acelerei, pernas foram travando....travando...zuuuuftttt...passei! Relógio! 3 minutos e 50 segundos! Exatos 3 minutos e 50 segundos! Era o tempo! Mas estava travado, travadinho das pernas.

Ainda tinha mais 4 tiros desse...hahahhaha...imaginem. Nem pensar! Sem chance! Larguei pro segundo, mas nem cheguei aos 200 primeiros metros. Pensei e parei! Simplesmente parei! Eu não posso! Não cheguei a este ponto ainda! É isso! Era o meu limite!!!

Às vezes temos que reconhecer que não podemos. Eu vou chegar lá, mas decidi, que aquele momento não era o momento. Ainda não era possível!!!

Mas já decidi outra coisa também! Eu vou voltar lá outro dia e vou fazer! Foi o momento de ser vencido, mas pra vencer depois...

Pode marcar aí...tá registrado aqui no blog e num outro texto eu conto pra vocês a mesma história, só que com final feliz!

Abraços
Faraco

segunda-feira, 7 de julho de 2008

MARATONA BETO CARRERO



Não é uma tarefa muito fácil escrever sobre um tema ou evento quando meu co-blogueiro já o fez, como todos sabem quase não resta nada a ser dito quando o excelente jornalista já disse.

Mas vamos humildemente tentar em algumas palavras tentar passar as impressões do que foi aquela que promete ser a prova que com certeza veio para ficar: a Maratona Beto Carrero.

Digo isso porque a organização da prova apostou num binômio que é receita de sucesso “Competição e Família”, a exemplo do que ocorre na Disneylândia todos os anos, o evento realizado num parque temático consegue unir fatores que algumas vezes podem ser geradores de conflito para todos os corredores.

Quem tem o Vício Correr sabe que muitas vezes a família fica em casa enquanto os atletas estão fazendo o que mais gostam, e quando esse hábito se torna muito freqüente pode gerar algumas rusgas “em casa”, porém esse evento possibilitou que os competidores trouxessem suas famílias para curtir o parque enquanto o rolava a corrida.

Resultado: Um dia de um céu azul emoldurando o parque e famílias inteiras vibrando e curtindo essa prova, calcula-se que aproximadamente 1000 pessoas estavam lá por causa da Maratona.

A estrutura da prova foi muito boa, merecendo apenas um reparo quanto à equipe de hidratação que parecia meio perdida e em pequeno número.

A prova foi surpreendente, apesar do que prometia o site do evento (terreno plano), logo no final do primeiro KM existia um morro que testou a estratégia e a tração dos corredores, quem saiu muito forte pagou pra subir o morro e pode ter sentido a fadiga no final da prova, quem já havia sido avisado pelo colegas de equipe conseguiu planejar um pouco melhor a prova.

Foram duas voltas de um pouco mais de 5 km (para quem estava competindo em quarteto) que exigiram além de um bom preparo uma capacidade de concentração sobrehumana pois a cada pisada corria-se o risco de se torcer o tornozelo, o terreno era bastante irregular e atravessava inclusive uma via férrea o que aumentou ainda mais o grau de dificuldade do desafio.

Mas nada disso tirou o brilho do evento que foi coroado com uma forte estrutura pós prova que tinha até um estande com sucos deliciosos, frutas e massagem para repor as energias e relaxar.

A princípio fiquei um pouco desapontado com o meu resultado individual (10,25 km em 46:20 min), confesso que esperava mais, mas agora a tarde quando recebi os resultados oficiais da prova percebi que tínhamos feito uma prova sensacional!!!

FICAMOS EM SÉTIMO LUGAR!

De um total de 28 quartetos masculinos foi uma posição fenomenal, tenho certeza que cada um se esforçou ao máximo e mostrou que mesmo não sendo profissionais não deixamos nada a desejar a quem se dedica inteiramente ao esporte, afinal um jornalista, um militar, um médico e um advogado apesar de profissões tão distas conseguiram unir-se e formar uma equipe coesa e homogênea, e o que é mais interessante não queremos parar por aqui!!!

Nas fotos acima um pouquinho do espírito de time da equipe de revezamento (Alexandre entrega o bastão para Daniel que por sua vez entrega para mim, desculpe Faraco não tirei a foto da tua passagem pro Xande!)

PARABÉNS FARACO, DANIEL e ALEXANDRE !!!!


Maratona Beto Carrero - Minuto a minuto...


Sábado foi dia de mais uma corridinha.

Participamos da primeira edição da Maratona Beto Carrero, organizada pelo mesmo pessoal que faz o Mountain Do, na Capital.

Foi legal, mas não foi nada espetacular. O Mountain Do é bem melhor.

A equipe Do mestre Paulinho - Paulo Domingos Filho, nosso trainer - era um quarteto composto por mim, o Jornalista pseudo-corredor, Rodrigo Faraco, pelo médico Alexandre Studzinski de Oliveira, pelo Bombeiro Militar Daniel Fernandes e pelo advogado Marcos Alexandre da Silva.

Saímos de Floripa em direção ao Balneário Penha, onde se localiza o Parque Beto Carrero, ainda de madrugada, 5h30min. No caminho conversávamos sobre possibilidades, últimos treinos e trocávamos experiências recentes de corridas. Todos estavam empolgados em fazer o melhor, o que significava marcar os melhores tempos possíveis. Somos meio competitivos, cada um consigo mesmo, contra seus próprios tempos e limites.

Bom, chegamos pouco antes das 7h00min da madrugada(que mania que eu tenho de chamar certos horários de "madrugada"...não sei por quê!). Todos já na pilha da corrida. Queria mostrar um DVD pros colegas, mas eles não deram nem bola. Era sobre o Team Hoyt, dos Estados Unidos...mas desisti...enfim!

Fomos para o local da largada. Eu era o primeiro a correr. Coloquei aquela parafernália toda que envolve um "corredor" hoje em dia - monitor cardíaco, número, pulseira no pulso, relógio, e bastão de troca.

Estava pronto pra largar e ansioso já. Eram 8h12minutos quando largamos. Parecia uma manada quando abrem a porteira. Saem todos feito malucos como se o mundo fosse acabar nos primeiros MIL metros. Mesmo já sabendo que isso ia acontecer, saí junto com a manada na loucura. Saí forte demais, portanto!

Estava usando um equipamento, um relógio GPS, que me dava as medições todas na hora. Pace, tempo total de corrida, batimentos, distância percorrida e um monte de outras coisas que não dava tempo de olhar....afinal meu objetivo ali era correr e não olhar no relógio o tempo todo. Mas o bom é que tenho os dados aqui pra passar.

No minuto a minuto, ou melhor, no quilômetro a quilômetro, fiz o 1º km com média de 4min22segundos, com batimentos em 163 e cheguei a estar correndo pra 3min23segundos...uma loucura! Coisa da manada!

O 2º Km rodei a 4min24segundos e batimento chegou a uma média de 171. Mas aqui, nesse trecho estava escondido um pequeno imprevisto - uma morreba pra subir de uns 800 metros de distância. Toquei o pau mesmo assim. Cheguei a estar correndo pra 3min25segundos.

No 3º km a velocidade média subiu um pouco. Fiz em 4min39segundos. Batimentos estabilizaram em 171. Melhor pace foi de 4min05segundos. Coisa boa, mas ainda tava xingando o morro que me fez sentir um pouco o peso da corrida.

Cheguei ao 4º Km....Ufaaaa! Tá passando a primeira quebrada física e posso apertar um pouco mais! Corri pra 4min31segundos...batimentos baixaram um pouco mais - 169 por minuto. Melhor pace em 3min55segundos.

Vamos pro 5º Km e completar a primeira volta passando na frente do posto de troca e do povo que tá esperando. Mantive o ritmo...acelerei a 4min35, BPM ficou em 168, estável portanto. Melhor pace foi 4:09...ou seja, corri mais estável mesmo.

Cheguei em frente ao povão pra completar primeira passagem. Coisa boa...de volta à civilização...passei na frente de onde tinha largado, fui saudado pelo locutor oficial do evento e toquei firme adiante. A média foi mantida...batimentos a 170, corri pra 4min38segundos o 6º km.
Foi aí que veio a segunda quebra física! E essa foi bem quebra mesmo. Senti ficar tudo duro. As pernas travaram e tinha o morro pra subir de novo. Foi na garra então....pensei: vou subir essa porcaria na manha e depois toco o pau na descida. E fui! Cheguei a correr pra 6minutos o pace. Fiz a média mais alta nesse 7º Km - 4min58segundos. Uma meleca! Batimentos a 169 de média, mas cheguei a estar correndo pra 3min39segundos. Isso foi a descida...certamente...pra tirar o tempo perdido.

Veio o 8º Km e segui sentindo pesar as pernas. Média de 4min49segundos e batimento estável...graças - 169. Melhor pace foi 4min05segundos.

Faltavam DOIS quilômetros somente....hora de descer o cacete. 9º Km foi feito em velocidade maior mesmo. Média de 4min29segundos o Km e batimentos aumentando de novo - 172. O melhor pace nesse Km foi de 3min56segundos...muito massa ter me recuperado da quebrada física nesse final e poder voltar a acelerar e curtir a corrida.

Cheguei enfim ao 10º Km. Vamos Rodrigo! Mais! Mais rápido - pensei comigo mesmo. Consegui manter na verdade. A média foi de 4min28 segundos e os batimentos ficaram com marca de 173. Melhor pace nesse Km foi de 4min06segundos....estava terminando!

Agora a reta final! Hora de "faca nos dentes"! Hora de "socar a bota". Foi o que fiz! Eram 429 metros finais e passar o bastão para o Alê. A média ficou bem boa. 4minutos04segundos e batimentos foram na lua pro meu padrão - 176. Cheguei a correr para 3min27segundos..muita loucura!

Terminei! Total corrido 10,429 kms em 47minutos37segundos. Batimento médio de 169 e pace de 4minutos34segundos para o percurso total. A sensação sempre é a mesma: satisfação pelo dever cumprido. Satisfação por ter vencido mais uma. Só tava pê da cara que não tava preparado psicologicamente pra correr morro.

Passei o bastão pro Alê que foi pra seus 10 kms. Fez em 51 minutos. A sequência teve o Daniel Locomotiv, nosso melhor tempo - 45 minutos. Marcos fechou pra 46 minutos.

Gostei da prova, mas esperava mais. O terreno dificultava com muitas imperfeições - era uma mistura de buracos, pedras, areia, grama, coco de vaca e trilho de trem, alem de paralelepípedo. Todo cuidado era pouco com tornozelo, principalmente.

Pronto pra próxima!

Abraços
Faraco

terça-feira, 1 de julho de 2008

A GRANDE VIRADA!!!




No dia 12 de maio deste ano ao escrever meu primeiro “post” neste Blog relatei resumidamente a minha trajetória como corredor e sobre meu vício correr, e da “grande virada” que seria objeto de outro “post”.

Pois bem, hoje por inúmeros motivos chegou o dia de falar desta “Virada”, faço isso principalmente pelo fato de que o responsável por ela, estar hoje passando por um momento delicado e talvez essas minhas palavras tragam algum conforto e o motivem a continuar sendo quem é, e em busca de seus objetivos e metas.

Após praticar corridas por 15 anos e de ter participado de várias corridas de rua, de DUAS meia-maratonas e alguns short-thriatlons, comecei a sentir que minha motivação para correr estava diminuindo e que corria apenas para manter a forma.

Mas, por um desses mistérios da vida me mudei para um prédio novo e passei a ser observado (mesmo sem saber) por uma pessoa que entendia do “riscado”, e como um guru nipônico esperou pacientemente pelo momento certo de se aproximar de seu discípulo e com palavras sábias me fez perceber que eu estava estagnado e que sem os seus ensinamentos vitoriosos minhas corridas seriam sem evolução, MONÓTONAS e fadadas a uma decadência precoce.

Daquele dia em diante nunca mais um dia foi igual ao outro, e nenhuma semana foi igual a anterior, cada dia e cada semana e cada mês era um desafio novo, e quebrando paradigmas e platôs fui sentindo novamente o prazer de correr e mais do que isso de correr com “QUALIDADE”.

Novas palavras se incorporaram ao meu dicionário, Mesociclos, BPM’s, Volume, Tiros, longos, descanso, VO2, Vmáx, ácido láctico, “faca nos dentes”; “socar a bota” e etc...

E que venham os “educativos” (foto em destaque com o mestre “educando” o pupilo)

Antes de conhecer o “Mestre” (como carinhosamente é chamado), meu ritmo era pouco abaixo de 5 min/km e correr abaixo de 4 min/km era algo inimaginável, pois isso hoje já é possível e graças a um treinamento pormenorizado, científico e com os devidos cuidados médicos e mais ainda graças a uma paciência gigantesca do “mestre” em aturar meu Chorôrô, minhas desobediências e minhas indisciplinas.

Hoje estou correndo com uma nova postura, com mais conhecimento dos meus limites e do meu potencial, hoje já posso ser chamado de maratonista (completei a primeira em 20 de abril), hoje já planejo meu calendário e me imponho novos desafios e me preparo com a segurança de ter a ao meu lado um profissional do mais alto gabarito.

Por tudo isso e por me mostrar um novo mundo que eu não conhecia em matéria de corridas, por me proporcionar a Grande Virada na minha vida esportiva só me resta dizer :

OBRIGADO MESTRE! OBRIGADO PAULO DOMINGOS PEREIRA FILHO!

OBRIGADO PELA GRANDE VIRADA!!!!!!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

DesaFRIO é loucura


Passamos o Sábado em Urubici - eu e o meu co-blogueiro, parceiro de corridas, Marcos Alexandre.

Fomos acompanhar a 5ª edição do DesaFRIO, prova de 50 quilômetros, que tem 25 kms de subida e mais 25 kms de descida naquela cidade. Eu fui profissionalmente, pra fazer matéria sobre a prova, e o Marcos foi pra conhecer e acompanhar a prova.

Meus caros, aquilo é uma loucura total.

A largada foi às 7:40 da madrugada(insisto que esse horário pra mim é madrugada, não sei o porquê, mas é....hahhahaha). Os corredores seguem em direção a uma trilha pelos morros da cidade. Os primeiros 7 kms nós conseguimos acompanhar com o carro. Depois começou a subir de verdade e a trilha ficou mais fechada ainda, o que impossibilitava o acompanhamento.

Até o 15º km é assim...trilha fechada. Os corredores saem então num local onde há uma cachoeira que chamam de "Véu de Noiva". Daí em diante seguem pelo asfalto na estrada que vai dar no topo do famoso Morro da Igreja de Urubici.

Do 15º ao 25º km é só subida. Os corredores sobem, sobem, sobem e sobem...e tem mais...quando acham que estão chegando, sobem e sobem e sobem mais ainda. São DEZ kms sofridos de subida muito pesada.

Mas o detalhe é o seguinte - isso tudo em condições normais de tempo e temperatura já seria muito pros atletas. Acontece que neste sábado estava tempo ruim. Cedo de manhã o céu já estava com muitas nuvens e não demorou a chover. O trecho do asfalto no Morro da Igreja foi feito com temperatura muito baixa, neblina e chuva, além do vento forte e cortante. Tava frio pra dedéu.

No topo do morro o posto de troca era covardia. ZERO grau e sensação de uns MENOS QUINZE.
Tinha corredor que tava de short e manga curta. São loucos de correr 50 kms, mas são mais loucos de fazer 25 kms em subida daquele jeito e com aquele frio sem usar roupas adequadas pro frio. Aquilo lá em cima era um inferno às avessas - congelante!

Registrei imagens que vocês vão poder ver no RBS Esporte do próximo sábado.

Depois de passar pelo inferno do topo do Morro da Igreja, os corredores partem para os 25 kms restantes de descida. Haja joelho!

O primeiro colocado no masculino fez a prova em 3 horas e 50 minutos. No feminino, a primeira a chegar completou a prova em 5 horas e 23 minutos. Era início de tarde e o frio aumentava, com a chuva e o vento no centro da cidade - aliás, na cidade propriamente dita, já que Urubici é uma rua, quando pisca os olhos acaba( isso se estiver a pé - se estiver de carro não dá nem tempo de piscar - hahhahhha).

Cheguei a conclusão do seguinte: o esporte às vezes vai deixando as pessoas mais e mais loucas. O que leva alguém a se impor uma prova como essa? Ela é desumana. As condições são amplamente extremas. Não há explicação.

O que não há explicação é o que vou escrever agora - acho que no ano que vem quero fazer essa prova. Sozinho os 50 kms! Não me perguntem o porquê! É mais um desafio que pretendo me impor. Ou seria um DesaFRIO?

Abraços

sábado, 28 de junho de 2008

Túnel de Vento

Fiz um treino nesta sexta-feira que foi muito bom...em todos os aspectos - execução, rendimento e resultado.

Existem treinos que são balizadores de novas possibilidades, que são marcos de novos limites e possibilidades. Este treino foi um deles. Foram 12 quilômetros no pau.

Claro que não era uma velocidade excepcional, mas era algo novo pra mim, pra essa distância e em treino e não em prova. Como já dizem os futebolistas - treino é treino, jogo é jogo.

Corri 12 quilômetros em 55 minutos - isso significa correr a uma velocidade média de pouco mais de 13 km/h e com um tempo médio de 4:35 por quilômetro. Lembro que era treino, não era prova. Todos nós que corremos sabemos que em prova existem outros componentes que nos fazem correr mais e mais rápido.

Meus batimentos ficaram estáveis ateh o 9º quilômetro. Quase sempre cravados em 160 batimentos por minuto. A partir do 9º quilômetro foram aumentando progressivamente, assim como minha velocidade. BPM subiu de nível para 165 por minuto e fui indo...teve picos de 169 BPM e finalizei com 171 batimentos por minutos.

Mas é justamente nesse trecho que eu quero me fixar. Do 9º ao 12º quilômetro. Existe um conceito que eu uso, que é de uma sensação que tenho em alguns treinos e corridas. Isso só acontece em determinados treinos e corridas.

É essa sensação que chamo de "Túnel de Vento"!!!

É quando tudo se desliga. Nada ao meu redor é notado, sentido, visto...nada!!! Pode passar carro, pode buzinar, pode chover, pode molhar, pode gritar, pode, pode pode, pode...

Nesse momento sou eu, meus passos firmes, meu batimentos quase que à flor da pele e minha pulsação na cabeça....a velocidade vai aumentando como se existisse algo a me puxar e me empurrar. É um mundo paralelo. É como se sequer meus pés tocassem o chão. Estou flutuando e acelerando....imaginem, tentem imaginar! Pensem num momento - tudo silêncio...o mundo cai ao seu redor e você não ouve nada, só os passos...um após o outro, um após o outro, um após o outro...a respiração, os batimentos...e o mundo ao seu redor desligado, em silêncio.

É isso mesmo!! É essa sensação que me faz correr e correr mais rápido e mais rápido. O "Túnel de Vento" me leva a experiências maravilhosas. É como uma droga, que você precisa mais e mais. Quando acaba o treino, quando eu páro, no DÉCIMO SEGUNDO quilômetro...é como uma porrada. Tudo se liga novamente e me dou conta do que fiz e que existe mundo ao meu redor e que tudo acabou e que consegui, venci mais uma. É simplesmente maravilhosa a sensação.

Por isso que me sinto pronto pra nova etapa. Este treino foi balizador.

O treino ainda bate firme na minha cabeça...por isso vim aqui escrever.

Abraços
Faraco

domingo, 15 de junho de 2008

Disciplina pra treinar...

Quanto mais a pessoa tem compromissos, mas ela acha tempo pra fazer as coisas, mais ela aproveita seu tempo.

Quantas vezes vocês já ouviram falar dessa máxima? Pois ela é real!

Tenho comprovado isso nos últimos tempos.

As minhas semanas têm sido as mais agitadas da minha vida de 35 anos. Só pra ser ter uma idéia atualmente tenho sido jornalista, professor, radialista, orientador e esportista....se eu não estou esquecendo nada.

Pois o tempo tem estado contado pra tudo. Saio de um lugar e vou pra outro e a hora está sempre marcada e contra mim.

Por isso é preciso muita disciplina e estabelecer prioridades.

Minha prioridade na vida pessoal são as corridas. Hoje só perdem como prioridade para a parte profissional, que é a do jornalismo na TVCom e na CBN Diário.

Eu treino todo dia praticamente. Quando não estou correndo, estou fazendo a base na musculação. Essa última semana eu corri na terça, na quarta, na sexta e no sábado. Fiz musculação na terça e na quinta. E assim vai minha rotina maravilhosa de treinos.

Mas se eu não tivesse a dedicação e a disciplina certamente teria desistido. São muitas coisas juntas. Só pra dar uma idéia da correria vou contar minha sexta-feira pra vocês.

8 horas na manhã já estava na Ufsc pra dar aula no Jornalismo. 10 e meia saí correndo porque tinha que estar às 11:15 na rádio pra gravação de debates do final de semana. Isso foi até ás 14 horas. Daí viria o único tempinho que ia ter pra correr, pra treinar. Cheguei em casa coloquei o tênis e fui correr...foram 40 minutos subindo morros pela Trindade, aqui em Floripa. Voltei pra casa e jah fui de novo trabalhar, desta vez na TV. Das 17 horas até a meia noite na TVCom, porque tinha o programa normal às 20hs e depois o especial às 23:30 por causa do jogo do Avaí.

Então, entenderam o que é estabelecer prioridades? Primeiro a responsabilidade com o trabalho, depois a responsabilidade com o que me faz bem nos dias atuais. Ninguém, nem nada me tiraria do compromisso com o treino naquele espacinho da tarde de sexta. E se eu não tivesse aquele espacinho, naquele horário, iria correr de manhã cedinho antes das 8 horas ou à noite, depois da meia noite, mas jamais deixaria de treinar.

Isso que eu entendo por disciplina! E só a disciplina é capaz de te fazer realizar! Realizar pra vida, em tudo, em todos os aspectos.

Abraços
Faraco

sábado, 7 de junho de 2008

O IMPORTANTE É COMPETIR!!!





A frase é batida e propalada por todos os amantes do esporte, mas é a que melhor resume o sentimento que permeia àqueles que praticam corridas.

Às vezes participamos de uma prova pelo simples prazer de competir e ver lá seu nome registrado quando da divulgação dos resultados, mas quando fazemos parte de um prova quase sempre superamos nossos limites, os tempos baixam, nos surpreendemos com o que acabáramos de conquistar, uma nova marca, uma nova meta, um obstáculo vencido...enfim...

O certo é que quando estamos lá no meio daquela multidão de corredores, parece que uma energia “extra” é injetada em nossas veias e por alguns instantes esquecemos a dor e sentimos que algo nos empurra e nos move até a “próxima vítima”, isto é, até alcançarmos o próximo “oponente”, e quando o fazemos, logo focamos no próximo e no próximo e assim sucessivamente...a adrenalina que é descarregada em nosso cérebro nos faz pensar que por instantes tudo podemos e tudo somos!

E o que fazer quando faltando alguns metros para a linha de chegada você é ultrapassado pelo seu Instrutor da Academia e amigo de outras provas e competições?

Eu particularmente quando vi aquele “traíra” passando por mim e dando aquele sorriso amarelo de quem esperou 9 km para te ultrapassar senti que precisava reagir e não deixar que ele na segunda-feira chegasse na Academia cantando vitória aos quatro ventos.

Em segundos bolei minha estratégia a “la MUTLEY” e deixei que por instantes ele já estivesse seguro da sua vitória e quando faltavam metros e “ele” já estava posando para as fotos da mídia, dei o bote final e....bem a foto acima fala mais do que mil palavras!!!!

HEHEHEHEHE....MEDALHA, MEDALHA, MEDALHA...!!!!

O importante é competir, mas é muito mais legal VENCER! Nem que seja seu amigão!

ABRAÇOS MEU AMIGO OSNI

domingo, 1 de junho de 2008

Eu vou fazer, não sei quando, mas vou...

Passei o último Domingo cobrindo o Ironman Brasil pra RBS TV.

Já tinha acompanhado em outros anos a movimentação dos atletas, a largada de manhã cedo, o clima de esporte em Jurerê Internacional, mas desta vez foi bem diferente.

Fui pra Jurerê ainda cedo, lá pelas 6 da madrugada(6 da manhã pra mim sempre vai ser 6 da madrugada). Chegando lá aquela confusão, muita gente na praia, bem mais que nos anos anteriores. Esse envolvimento das pessoas parece que cresce ano a ano.


A largada é sempre um momento mágico. O nascer do sol ao fundo faz a "imagem" ser fantástica, com a água do mar como se fosse um espelho...fica um visual quente, com os atletas fazendo os primeiros movimentos de braçadas. Parecem um cardume se movimentado por cima da água do mar. Mas a "imagem" continua sendo maravilhosa.

Outros momentos especiais são as transições...é adranalina pura. Os caras vão chegando, já vão trocando de roupa, já pegam as bikes...tudo isso na correria. Muito massa! Empolgante!

A chegada emociona qualquer um. Aqueles verdadeiros "homens e mulheres de ferro" com muita raça, se superando, depois de um dia inteiro de "exercícios"...depois de nadar, pedalar e correr distâncias extremas, inimagináveis para pessoas normais...eles vão chegando um a um. E chegam sorrindo, pulando, gritando, chegam fazendo festa...chegam dispostos e...pasmem! Ainda dão entrevista! São mesmo de ferro!


Agora uma parada para uma pequena besteira:

Só uma coisa realmente me assustou. O pé do francês Benjamim Sanson! Que coisa horrorosa...eu tive uma namorada que reparava em pés e ela achava o meu pé muito feio. Eu acho uma besteira, mas reparei no pé do cara naquele dia...porque quando a gente começa a praticar corrida o pé é o primeiro que sofre. Mas o pé direito do cara tinha SEIS dedos! O joanete quase tava tomando conta do pé. Não sei como colocou "aquilo" dentro do tênis pra correr. Se minha antiga namorada visse aquilo...tenho certeza que meu pé ficaria lindão.

Voltando a prova...

Na verdade passar o dia no Ironman, na cidade do Ironman, me fez tentar apressar esse sonho. Quero fazer um Ironman. Estava pensando em fazer o Ironman em 2010, mas agora já estou pensando seriamente em adiantar pra 2009...isso se meu treinador deixar e disser que tenho condições e ele pode me preparar.

Eu não quero apenas fazer, completar um Ironman. Não quero treinar praquela prova e simplesmente fazer. Quero me tornar um Ironman. Vou explicar a diferença. É como correr e ser corredor apenas. Aí um dia você resolve fazer uma maratona. Treina, faz a maratona e pronto...depois volta a ser corredor. Não se tornou um maratonista...não se tornou um cara preparado para maratonas, simplesmente fez uma. Entenderam? Quero me tornar um Ironman e seguir fazendo super-provas, quem sabe até uma ultra-maratona. Posso estar louco, mas gosto de viver minhas loucuras.

Abraços
Faraco viajando na maionese num domingo de folga...ufaaaa!!!