sexta-feira, 13 de março de 2009

A tal da mecânica do movimento...

Olá caros amigos atletas e pseudo-atletas(como eu)!!!

Tenho um relato pra fazer a vocês. Gosto de falar de sensações dos treinos e corridas e sempre que experimento algo diferente fico agoniado para escrever.

Pois bem, estava eu ontem à noite, por volta das 22h na beira-mar fazendo meu treino de quinta. Eram OITO tiros de UM quilômetro cada. O tempo pré-estabelecido pelo meu treinador, Paulo Domingos Filho, para esse treino era o de 4:30-4:50 cada tiro.

Estava chovendo e eu estava receoso em relação a poder fazer o treino. Não pela chuva, óbvio. A chuva me ajuda, podem ter certeza. Estava receoso porque a carga de treinos está intensa, a musculação também e a perna tinha ficado muito presa na semana passada.

Mas no início da semana já havia experimentado boas sensações em outros treinos. De soltura mesmo. Paulinho havia me avisado também que esta semana eu estaria mais solto.

Mas vou parar de enrolar e vou direto a questão que me traz aqui pra escrever.

Fiz todos os OITO tiros. O mais especial de todos foi o último deles. A cada tiro eu estava mais encaixado, mais solto e mais rápido. No último eu cravei um tempo de 4min15segundos - portanto já abaixo e fora do pré-estabelecido. Mas o mais importante não foi o tempo, foi a expressão que utilizei ali antes: "encaixado".

O que quis dizer com isso? Quis falar de postura. Quando a postura está certa, está correta, a corrida sai mais fácil. Foi o que aconteceu na largada do tiro. senti isso de imediato. Larguei e pensei: Opa! O que está acontecendo aqui? Vou tentar explicar pra vocês!

Desde o ano passado Paulinho vem trabalhando a minha correção de postura na corrida. Eu corro sentado. É como se acomodasse o corpo em cima das pernas enquanto elas correm e, assim, eu não consigo utilizar toda a mecânica do movimento. Isso, é lógico, me prejudica. Correr é pernas, é abdômen, é braços - tudo isso coordenado.

Foi o que senti ao largar. Minha passada estava diferente. Uma passada impulsionava e puxava a outra. Como se estivesse puxando e combinando, num movimento ritmado e acelerado. Senti como se minhas pernas e minha passada fossem e estivessem numa mecânica parecida com a mecânica do giro de um pneu de bicicleta. O tronco levemente projetado pra frente. Os braços soltos, mas firmes na cadência do movimento. Isso facilitou muito o tiro.

Esse tiro e esse momento foi o auge do treino. A cada tiro esse encaixe foi se firmando e a cada tiro fui melhorando. Até chegar nessa sensação de perfeição no último tiro. Eu disse sensação de perfeição. Ainda preciso que Paulinho avalie isso, pra saber se é isso mesmo.

O que sei é que foi um tiro muito fácil. Foi um tiro tranquilo apesar de ser o último e refletir também todo o cansaço do treino. A mecânica correta facilita as coisas. Nem olhei no relógio durante aquele "UM quilômetro". Só no final quando cravei a distância. Mas já sabia que estava fazendo o melhor de todos os tiros daquele treino. E foi assim numa sequencia que teve tempos de 4:48, 4:44, 4:40, 4:39, 4:38, 4:29, 4:25 e este de 4:15.

Mas ainda tem mais uma coisa pra acabar este relato. Depois dos treinos de tiros, sempre damos um trotinho pra desintoxicar os músculos. Geralmente são 10 minutos e o começo é bem lento, de travado que ficamos. Pois eu estava cansado mesmo, mas quando comecei o trote bem lento - essa era minha intenção - as minhas pernas pediram mais. É estranho dizer isso, mas juro que é verdade. As minhas pernas não queriam correr devagar. Tive que acelerar e foi o que fiz. O trote ficou mais rápido e solto também. Ah, essa mecânica!

Bom, era isso! Amanhã tenho 20km pra treinar. Um longão. Parte da minha preparação para a Maratona de Santa Catarina, que está marcada para o dia 19 de Abril.

Abraços
Faraco

Nenhum comentário: