
Trecho SETE, outra vez...
A vida recomeça no trecho SETE!
Sai da Praia Mole, atravessa um trecho de menos UM quilômetro pela areia fofa da praia mais mole da Iha de Santa Catarina. Depois você tem que entrar numa trilha, uma subida que vai levar em direção ao alto de um morro, um morrinho que existe , já quase colado na rodovia Manoel de Menezes, perto do bar Ponto de Vista. Dali segue em diante na trilha e vai em direção a outra praia - a Praia da Galheta. É um sobe e desce danado em meio a uma trilha que tem mato fechado, areia de praia, rio e muitas poças acumuladas pela chuva que não parava. Depois de quase DOIS quilômetros disso, você chega ao paraíso.
Não é o paraíso porque tem os peladões e principalmente as peladonas da Praia da Galheta ( nem vi ninguém). É o paraíso porque é o terreno mais plano e firme que você vai correr em meio ao inferno que é aquele trecho SETE.
Depois começa a meleca toda. Sobe, sobe, sobe e sobe mais porraaaaaaaa!!!!!!!!!!! Desculpem o palavrão mais é necessário. Se eu fosse falar aqui todos os palavrões que disse naquela subida, eu iria preencher bom pedaço do texto. Bom, quem não conhece o morro que separa as praias da Galheta e Barra da Lagoa, não queira conhecer. É o irmão mais novo do Everest (é assim que se escreve?)!!! É um bicho feio aquele morro. Sobe em tudo que é tipo de terreno. Areia mais fofa de praia, areia menos fofa de praia, riacho provocado pela chuva, pedra, lodo, mato... Tem de tudo e sobe pra carica!!! Não chega nunca! É uma grande montanha e um grande desafio.
No meio do caminho, passa um cara por mim. Ele grita - "porra, é o Everest!!!". Eu começo a rir e digo - Calma, tá chegando ao topo (mentira! Era só pra não apavorar o cara.). Ele pergunta - tu já conhece isso? Eu respondo - Sim, fiz esse trecho ano passado. Ele emenda - tu é louco então! Por que voltou aqui? Foi a senha preu descontrair de vez... Comecei a rir e perguntar pra mim mesmo - "o que eu estou fazendo aqui do novo?"
Pensei: "calma, seu bosta (eu)! Já vai começar a descer!" Mas na verdade era só um consolo. Despoir de subir aquele treco, a maior parte do trecho andando porque minha perna não é tola, eu visualizei a descida. Que melecão!!! Era uma trilha fechada pela frente com terreno que era só barro. Escorrega e escorrega, mas não cai tansão!!!
A descida foi o número de equilíbrio do "Cirque du Soleil". Força no abdômen e nas pernas e se vira nas trilhas. Que grandissíssima merda aquele trecho. Não parava em pé, mas não caía também. Era só escorregão. Passei por uns corredores de cotovelo rasgado. Dava pena de ver! Era impossível parar em pé...
Saindo dessa "côsa" horrorosa, ixxxtepoww, cheguei à Barra da Lagoa. Ói, ói, ói... Que exxxpetáculo!!! Terra firme. Foram mais uns 700 metros até entregar o bastão ao nosso próximo e último corredor, meu parceirão de Blog, Marcos "Romário". Como foi bom vê-lo ali me esperando.
O Mountain Do desse ano foi especial pra mim. Me reencontrei com as corridas. Estava me sentindo fora de foco depois que comecei a treinar bike. Agora estou de volta às corridas e de corpo e alma. As corridas são o meu - são o que me faz bem. Eu corro e me encontro. Eu corro e vivo. Me senti forte e energizado por este Mountain Do.
Gostaria de mandar um abraço forte para pessoas especiais - Marcos, em primeiríssimo lugar, como sempre (valeu parceirão!!!). Sem deixar de lado pessoas que fazem parte dessa louca vida - Paulinho, meu mestre, meu treinador. Osni, grande sonhador que faz os nossos sonhos se realizarem. A todo pessoal da equipe e do suporte - Caio queniano, Rivaldo estreante, Ana longelínea, Daniel locomotiv de volta e o Xande, que sempre cuida dos detalhes preciosos. Sem esquecer do Victor, o VH super alto astral.
Valeu galera, mais uma vez vocês foram imbatíveis. Valeu time FCMáx!
abraços
Faraco